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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Filmes espíritas fazem sucesso no país católico

Filmes espíritas fazem sucesso no país católico
 Em oito dias de exibição, o filme “Nosso Lar”, que enfoca experiência espírita, atraiu mais de um milhão de pessoas às 445 salas de cinema no país onde a película estreou, dia 3 de setembro. O lançamento de Chico Xavier, em abril, bateu o recorde de bilheteria em estréias de filmes nacionais.
 “Nosso Lar”, homônimo de livro psicografado por Chico Xavier, conta a história de um médico que relata a trajetória que percorreu após a morte. O espiritismo integra o imaginário brasileiro, escreveu a antropóloga Sandra Stoll, em seu livro sobre o espiritismo a brasileira.
“Esse imaginário vem reforçado por uma impressionante literatura espírita e sua presença nos meios de comunicação social, particularmente nas telenovelas de caráter espírita”, analisou o teólogo católico Faustino Teixeira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, em entrevista ao Instituto Humanitas.
Segundo o Censo de 2000, apenas 1,4% da população brasileira – 2,33 milhões de adeptos - se declarou seguidora do espiritismo. A forma de viver a religiosidade no Brasil é bem “mais alargada” do que aquela declarada no Censo, disse Faustino.
Faustino recorreu à pesquisa realizada pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares e o cientista político e economista Leandro Piquet Carneiro para lembrar que 46% dos católicos praticantes declararam acreditar na reencarnação.
Sandra Stoll menciona, no seu livro, “esse modo católico de ser espírita”, concretizado por Chico Xavier. O médium espírita mais conhecido do Brasil, que alcançou 92 anos de idade, teve 400 livros psicografados.
O psicólogo e antropólogo Carlos Brandão definiu o catolicismo brasileiro como uma religião que abraça a diversidade e que possibilita diversas alternativas de viver a crença e a fé. Uma religião “em que Deus pode ter muitos rostos”.
O Censo de 2010 poderá acrescentar algumas novas características a esses rostos, que passam por constantes transfigurações com o fenômeno recorrente a partir dos anos 80 do século passado conhecido por “trânsito religioso”.

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